As Cinzas da Violência

Noites agitadas. Dias tranquilos.

Apesar de tudo, apesar das notícias, continuamos a dar aulas. Com alunos.
Com exames. Apesar de tudo.
Não estamos, como dizem (ou querem?), num “Timor a ferro e fogo”.
Deseja-se que o falso efeito do Major termine. Há outras razões, outras misturas, nos cocktails que incendeiam alguns bairros e ruas de Díli à noite.

Ficam as cinzas da violência, em Caicoli e Balide, onde 2ª.feira de manhã às 9H20 a.m. eu na minha simples Bici usava um tímido bom dia para passar junto aos últimos bandos que guardavam as barreiras e as fogueiras.
Ao longe, na outra ponta da estrada, seguia o Malai Azul no seu super jipe (http://www.timor-online.blogspt.com/), antecedendo o jipe da GNR, parecendo ser ele quem abria caminho.
Não mais ‘malais’ havia. Àquela hora.
Horas depois a Embaixada Portuguesa em Díli avisava por sms a conveniência de evitar aquele local, sobretudo à noite. Obviamente. Obviamente.