Homenagem à Paz
A “Coluna de Liquiçá” entra em Díli a hora proibida, às 19H. Após o anoitecer, numa cidade sem luz à noite.
Vem-me à memória um poema, de uma guerra que aqui (ainda) não existe.
“Acenderam-se as armas pela noite dentro.
Quem rebenta? Quem morre? Quem vive? Quem berra?
Há um vento de lamentos nos lamentos do vento.
Metralhadoras cantam a canção da guerra”.
(…)
Um poema forte, para quem tem nos ouvidos a versão recitada.
Poema que fala da guerra, em homenagem à paz.
Em homenagem, aqui, ao herói anónimo, o homem dos “Bravo” da GNR, de que as notícias não dirão o nome. E que se colocou “em frente” da “Coluna de Liquiçá”, convencendo-os a evitar o centro da cidade e a deixarem-se acantonar no Campo de Futebol, dito Campo Democrático, evitando assim uma “noite quente” em Díli.
Liquiçá fica na região Oeste, a 35 km de Díli. Também por isso, em 1999 foi uma das cidades onde as milícias encontraram o melhor pasto para as suas chamas, numa cidade que ainda hoje está arrasada.
Daí o peso do nome, desta também “Coluna da Fome”, ou quase.
O arroz é agora escasso em Timor. Só o mercado negro e muitos dólares o podem fazer aparecer. Em pouco tempo um saco de 5 kg passou de USD$8 para USD$25.
Próximas eleições, facções e diversas reivindicações, fazem este aglutinado. Cocktail Molotov?
Amanhã se verá!
(…)
“Há um soldado que grita ‘eu não quero morrer’.
E o sangue corre gota a gota sobre a terra.
Vai morrer a gritar ‘eu não quero morrer’.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
“Houve um que se deitou e disse: ‘Até amanhã’.
Mas amanhã é o dia em que se enterra
o soldado que disse: ‘Até amanhã’.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
“E um jipe corre pela noite dentro.
Avança não avança? Empurra não empurra?
Passam balas de chumbo nas balas do vento.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
E há duzentos quilómetros de morte
em duzentos quilómetros de terra.
(…)
Metralhadoras cantam a canção da guerra”.
(in O Canto e as Armas, M. Alegre)
Vem-me à memória um poema, de uma guerra que aqui (ainda) não existe.
“Acenderam-se as armas pela noite dentro.
Quem rebenta? Quem morre? Quem vive? Quem berra?
Há um vento de lamentos nos lamentos do vento.
Metralhadoras cantam a canção da guerra”.
(…)
Um poema forte, para quem tem nos ouvidos a versão recitada.
Poema que fala da guerra, em homenagem à paz.
Em homenagem, aqui, ao herói anónimo, o homem dos “Bravo” da GNR, de que as notícias não dirão o nome. E que se colocou “em frente” da “Coluna de Liquiçá”, convencendo-os a evitar o centro da cidade e a deixarem-se acantonar no Campo de Futebol, dito Campo Democrático, evitando assim uma “noite quente” em Díli.
Liquiçá fica na região Oeste, a 35 km de Díli. Também por isso, em 1999 foi uma das cidades onde as milícias encontraram o melhor pasto para as suas chamas, numa cidade que ainda hoje está arrasada.
Daí o peso do nome, desta também “Coluna da Fome”, ou quase.
O arroz é agora escasso em Timor. Só o mercado negro e muitos dólares o podem fazer aparecer. Em pouco tempo um saco de 5 kg passou de USD$8 para USD$25.
Próximas eleições, facções e diversas reivindicações, fazem este aglutinado. Cocktail Molotov?
Amanhã se verá!
(…)
“Há um soldado que grita ‘eu não quero morrer’.
E o sangue corre gota a gota sobre a terra.
Vai morrer a gritar ‘eu não quero morrer’.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
“Houve um que se deitou e disse: ‘Até amanhã’.
Mas amanhã é o dia em que se enterra
o soldado que disse: ‘Até amanhã’.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
“E um jipe corre pela noite dentro.
Avança não avança? Empurra não empurra?
Passam balas de chumbo nas balas do vento.
Metralhadoras cantam a canção da guerra.
E há duzentos quilómetros de morte
em duzentos quilómetros de terra.
(…)
Metralhadoras cantam a canção da guerra”.
(in O Canto e as Armas, M. Alegre)
1 Comments:
Popular ou inventado, é muito engraçado!
A.
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